Muito se fala de incluir os filhos/irmãos não nascidos no sistema, mas será porque?
Como fazer isso?
Confere aqui que vou explicar.
Vou falar da postura entre irmãos vivos e mortos e para as mamãe que tiveram filhos não nascidos.
A primeira lei, dentro das 3 leis identificadas por Bert Hellinger para uma vida mais leve, está a lei do pertencimento. E a frase que resume é TODOS TÊM O DIREITO DE PERTENCER.
Já a segunda lei, a lei da ordem, é que existe uma ordem, como se fosse uma fila, e cada um tem o SEU lugar nessa fila. Quem veio antes de você está atrás e quem veio depois está na sua frente.
Agora vamos trazer isso para um exemplo prático.
Então vamos supor que Maria é a primeira filha.
Já expliquei um pouco, em um post anterior, a responsabilidade e postura de cada irmão.
(Caso não tenha lido, clique aqui)
A Maria sempre viveu como primeira filha. Na fila dos filhos, ela está como primeira.
Porém a mãe da Maria teve um aborto antes dela.
Toda pulsão de vida, representa uma vida. Não importa quanto tempo foi a gestação. Quando o óvulo é penetrado pelo espermatozóide é considerado vida.
Ou seja, ela teve um irmão que não nasceu.
Então na fila, o lugar dela é o de segunda filha, e não de primeira.
Se ela não reconhecer e incluir no coração esse irmão, ela vai acabar ocupando o lugar dele, lugar esse que NÃO É O DELA.
E como ela ocupa o lugar de alguém que não pôde nascer, ela pode ter dinâmicas de não se sentir merecedora de viver, ou de receber mais, pois ela está de alguma forma conectada com a morte.
É como se falasse: Já que você não pôde nascer, eu não vou me permitir viver por completo.
Às vezes, a dinâmica é de querer agradar demais os pais pela tristeza do filho perdido.
Uma criança hiperativa que está vivendo por dois, por isso tanta energia. Por exemplo.
As dinâmicas que envolvem isso podem ser muitas. Normalmente a abortos que aconteceram antes de você nascer.
Já fiz uma constelação onde ela tinha pavor de receber promoção no trabalho, como se não merecesse, como se estivesse traindo o sistema. E mostrou uma ligação muito forte com alguns abortos da mãe.
E quando você reconhece que aquele irmão teve aquele destino e respeita esse destino, você pode deixar as dores da mamãe com ela, e fazer a sua parte: VIVER
E pode ocupar apenas o seu lugar na fila. Deixa o irmão com o lugar dele e o destino que ele teve em paz.
Uma boa frase seria: Você também faz parte, e eu te dou um bom lugar no meu coração. Eu sou a (e diga a ordem que você está na fila dos irmãos, ex: primeira/segunda/terceira).
Pegar objetos representando os irmãos e colocar todos lado a lado, também ajuda pra trazer essa imagem visual pro coração.
Mas Lu, eu sou a mãe, como faço? Tive um aborto, preciso contar pros meus filhos?
Vou te falar uma coisa muito séria: A ALMA SABE, ELA SEMPRE SABE.
Por mais que você não fale, os outros filhos já sabem, e muitas vezes é por isso que acontece desordens e desentendimento entre eles.
Por amor e buscar incluir esse excluído, eles estão ocupando o lugar de outra pessoa na fila, ou seja, tem sempre um lugar vago. Um lugar não reconhecido, que precisa ser preenchido.
O primeiro movimento de inclusão acontece no coração dos pais. É importante que, antes de contar aos filhos, os pais façam esse movimento interno. Afinal, os filhos carregam para os pais aquilo que eles próprios têm dificuldades de lidar.
Lu, mas eu provoquei o meu aborto, como contar? Com que idade contar para eles?
A forma como aconteceu não precisa e nem deve ser dita, isso é uma intimidade do casal.
Cabe apenas ao filho saber que ele tem um irmão que não pode vir.
E com que idade contar? Como já falei: A alma sabe.
Ou seja, seu filho já sabe. Então o quanto antes melhor.
Você pode desenhar a árvore genealógica junto com seus filhos, caso eles sejam pequenos.
Uma boa forma de incluir é dar um nome pra esse filho que não pôde nascer.
Talvez plantar uma árvore de forma simbólica.
Frase pras mamães: Todos os filhos, vivos e mortos, tem um bom lugar no meu coração.
E para quem induziu o aborto é importante se conectar com o que foi. Aos poucos ir olhando para a sua culpa, e assumir internamente. Até conseguir falar “Eu te sacrifiquei em meu benefício, eu te reconheço e te dou um bom lugar no meu coração”
É preciso enfrentar o fato que uma escolha foi feita.
Lembre-se sempre que todos pertencem. E quanto mais pessoas, situações e relações estiverem incluídas no seu coração, mais fortalecida você fica.
Quem você precisa incluir no seu coração para suas questões terem um pouco mais de fluidez?
Todas as nossas dificuldades e dinâmicas acontecem por infringir uma das 3 leis sistêmicas.
É isso que fazemos em uma constelação. Identificamos o que precisa ser visto, e que estamos ignorando.
Caso esteja precisando de um direcionamento e orientação para comportamentos práticos, tenho o atendimento ALINHAMENTO SISTÊMICO.
Agende sua constelação, alinhamento sistêmico ou tire suas dúvidas por aqui
E aí, o que achou desse conteúdo?
Com carinho,
Luciana Nunes
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