Quem me roubou de mim⠀
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Esse livro mexeu bastante comigo, por isso escolhi ler ele uma vez por ano, essa é a segunda vez que leio, e continua tão rico de informações quanto a primeira vez.⠀
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Ele se baseia na idéia de um sequestro, com o sequestrado e o sequestrador. No inicio ele fala sobre os abalos psicológicos de um sequestro físico. Como a perda do seu direito de ir e vir, o medo do imprevisíel, de estar sendo dominada por um completo desconhecido, e até o medo e incerteza dos familiares nao pagarem o resgate. Os traumas quando volta para a sociedade. Quando se assume a condição de vitima pode acontecer o pior, desaprender a ser livre.⠀
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Depois de entrar a fundo nas dores do sequestro físico, ele entra então, no sequestro da subjetividade. Que seria uma espécie de roubo da alma, da identidade do outro, esse absurdo que costuma morar ao nosso lado ou pior, dentro de nós.⠀
A subjetividade é o que há de mais profundo e irrenunciável da criatura humana, por isso possui caráter sagrado, pois confere o sujeito a possibilidade de estar de maneira única e irrenunciavel. ⠀
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Depois dessas duas análises você começa a ver de uma forma tão preciosa a individualidade do outro, que a dominação, convencimento ou qualquer coisa que o outro não consiga exercer a sua vontade se torna uma invasão gigantesca de privacidade. ⠀
Quem somos nós pra dizer o que o outro quer ou não quer, pode ou nao pode?⠀
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E isso se estende a todos os tipos de relacionamentos, tanto de casais, como amizades ou pais e filhos, que escolhem as profissões dos seus filhos, por exemplo, por uma simples projeção.⠀
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Ele fala que o que nos e encanta no outro é a terceira pessoa que formamos. Eu + Tu = Nós. Não a individualidade de cada um, mas o “Nós”⠀
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Super recomendo a leitura, o quanto antes.⠀
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